top of page

As veias emitem cargas,
a alma, o coração e o cérebro giram:
o tempo passa como um caça,
segundos após, a fumaça
é sentida, ouvida.
O tempo no presente passado
passado virou: vivido e estagnado.
Ponteiro dos segundos 
é o pensamento passageiro.
O tempo tem seu tempo,
passa como anda uma preguiça.
O tempo passado no presente
presente ficou: corrente e persistente.
Ponteiro dos minutos
é o sentimento tripulante.
O tempo é sem tempo,
engatinha a passos de tartaruga.
O tempo vivido no presente
do passado retornou, em fuga
para o futuro distante.
Ponteiro das horas
é a nau sem passageiros 
e sem tripulantes, à deriva.
Enquanto em alguma ilha há navegação,
no mar, a vida parece não navegar
e o tempo em flashs irá passar,
se assim o comandante o enxergar
se não, pelos tripulantes deduzido,
o navio parecerá não aportar.
Relatividade referencial 
atemporalizada pelo tempo
velejado naufragante ou
velejante naufragado.

 

19/07/2015.

bottom of page